A Mesquita Azul de Istambul (antiga Constantinopla) foi feita sob encomenda do sultão Ahmet I para rivalizar com a Basílica de Santa Sofia, igreja construída no período bizantino, depois transformada em mesquita, para tristeza de todo o mundo cristão. Em 1935, Kemal Atatürk decretou que Santa Sofia seria um museu. Assim, com a transformação da Basílica Santa Sofia em mesquita, há nela ainda elementos importantes da Igreja Católica. (Somente lá é possível ver lado a lado a imagem da Virgem Maria pintada no altar, com escritos muçulmanos de Alá e Maomé.) Esta Basílica, hoje museu, já entrou na lista dos monumentos mais belos do planeta e foi finalista para a escolha das novas 7 maravilhas do mundo.
O esplendor do período bizantino pode ser visto na Igreja de Santa Sofia, (acima) que, pela magnificência, marca o reinado de Justiniano. Durante
toda a Idade Média ela era chamada de a Grande Igreja e a simplicidade
externa esconde a exuberância de mosaicos e mármores no seu interior. Um estilo de arte que conciliava elementos romanos, gregos, orientais e cristãos. Ao inaugurar o monumento, Justiniano teria dito “Eu te venci, Salomão!”— uma referência ao Templo de Jerusalém, cuja construção é
atribuída ao antigo rei dos judeus.
toda a Idade Média ela era chamada de a Grande Igreja e a simplicidade
externa esconde a exuberância de mosaicos e mármores no seu interior. Um estilo de arte que conciliava elementos romanos, gregos, orientais e cristãos. Ao inaugurar o monumento, Justiniano teria dito “Eu te venci, Salomão!”— uma referência ao Templo de Jerusalém, cuja construção é
atribuída ao antigo rei dos judeus.
Mesquita Azul
Bem, voltando à Mesquita Azul, tema do nosso post, sua construção começou em 1609 e terminou em 1616. O arquiteto foi Mehmet Aga. O sultão Ahmet I morreu um ano depois de terminada sua mesquita, aos 27 anos, e está enterrado aos pés do templo, com sua mulher e os três filhos.Uma das características mais notáveis desse fantástico exemplo da arquitetura otomana são os seis minaretes (torres), o que é extremamente raro, já que a maioria das mesquitas têm quatro, dois ou apenas um minarete. Uma das explicações para as seis torres foi a confusão entre as palavras "altin", que quer dizer "ouro", e "alti" que significa "seis": o arquiteto teria trocado uma pela outra... Talvez seja uma lenda, mas o fato é que os seis minaretes causaram escândalo, já que a mais sagrada das mesquitas, a que guarda a Caaba, na Haran em Meca, era a única com seis minaretes (a solução encontrada para que a Mesquita Sagrada continuasse a ser aquela com mais minaretes foi a construção de um sétimo minarete no local).
O outro aspecto extraordinário da Mesquita Azul é a belíssima cascata de cúpulas que parece brotar de dentro da cúpula central. As arcadas que passam por sob cada uma dessas cúpulas dão maior ritmo à construção. Curiosamente, em seu exterior nada é azul – o nome vem dos ladrilhos azuis em seu interior.
A entrada principal, a oeste, é ricamente decorada e merece ser admirada. Entretanto, para preservar a santidade da mesquita, pede-se aos que não são crentes que usem a entrada norte: desse portão pendem correntes simbólicas que obrigam todos a baixar a cabeça ao entrar no templo.
O pé direito altíssimo é recoberto por cerca de 20 mil ladrilhos azuis. São um lindo exemplo da arte Iznik do século 16. Os ladrilhos são decorados com flores, árvores e formas abstratas. Segundo todos os relatos, o efeito do conjunto é simplesmente maravilhoso.
Abaixo, fotos da minha amiga Maria de Jesus no pátio da Mesquita Azul, no interior da mesma e na entrada da Mesquita Santa Sofia.
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