Neste blog compartilho páginas de minha vida. Exponho minhas experiências, aprendizados, interesses, preferências, críticas, opiniões e também o meu dia-a-dia.
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quarta-feira, 13 de junho de 2012

A Escrava Isaura

Novela brasileira que fez um sucesso retumbante no Brasil e fora dele, na década de 70. Marcou muito minha infância. Assisti pela primeira vez aos 11 anos de idade e acompanhei também as reprises, exibidas posteriormente. 

Lucélia Santos, a eterna Isaura


Autoria: Gilberto Braga
Direção: Herval Rossano e Milton Gonçalves
Direção geral: Herval Rossano
Diretor de núcleo: Herval Rossano
Período de exibição: 11/10/1976 – 05/02/1977
Horário: 18h00
Nº de capítulos: 100
Baseada no livro "A Escrava Isaura" do escritor mineiro Bernardo Guimarães, publicado em 1875.


A abertura de Escrava Isaura exibia gravuras do pintor francês Jean-Baptiste Debret – famoso por retratar personagens e costumes do Rio de Janeiro da época de D. João VI –, que apareciam em seqüência ao som da música "Retirantes", de Jorge Amado e Dorival Caymmi, com interpretação da orquestra e coro da Som Livre. A música virou um hino evocado até hoje para simbolizar, com boa dose de ironia, o excesso de trabalho tanto de brancos como de negros.

Interpretação de Dorival Caymmi

Abertura: Versão da música "Retirantes", cantada no idioma iorubá, falado na África

CURIOSIDADES

- Desde a sua primeira exibição, esta versão de Escrava Isaura já foi reapresentada cinco vezes: a primeira entre 29 de agosto de 1977 e 16 de janeiro de 1978, às 13h30 horas; na segunda vez, compactada em trinta capítulos reeditados por Ubiratan Martins, foi reapresentada às 18h00 horas entre dezembro de 1979 e janeiro de 1980; a terceira vez, dentro do programa matinal TV Mulher, a partir de setembro de 1982; a quarta, somente para o Distrito Federal, num compacto em 1985, às 20h30 horas, logo após o Jornal Nacional, num horário em que no resto do país era exibido o "Horário Eleitoral Gratuito"; e a quinta num compacto apresentado em 1990, como a última atração dentro do Festival 25 Anos da Rede Globo.

- Gilberto Braga foi proibido, pela censura, de usar a palavra "escravo" em determinado momento da trama. Para eles, aquele termo poderia estimular o senso de subversão das pessoas. A solução foi trocar a palavra "escravo" por "peça". O desabafo veio décadas depois, em 1992, em um dos momentos mais fortes da minissérie "Anos Rebeldes", também escrita por Braga. No último capítulo, Galeno, personagem do ator Pedro Cardoso, reproduz integralmente a cena acontecida em Brasília. Foi a redenção para o autor.
(Veja essa cena no vídeo abaixo).

"Não gosto de pergunta, pergunta faz pensar, não gosto disso."

- No final de 1985, Escrava Isaura já havia sido vendida a 27 países. A atriz Lucélia Santos visitou todos eles e recebeu diversos prêmios.
- Foi a telenovela brasileira que mais viajou pelo mundo, exibida em mais de cem países, e a primeira a ser exibida na Rússia.
- A coleção Som Livre Masters lançou a trilha sonora original de Escrava Isaura pela primeira vez em CD.
Em 2012, a novela foi lançada em DVD. Uma ótima oportunidade para mostrar esse sucesso à minha filha.


 Box novela "A Escrava Isaura" - LOJA SOM LIVRE - presente recente pra a filha de 17 anos.


"Viciando em A Escrava Isaura dos Anos 70. Muito Bom!" (Carolinne Caiaffo, no Facebook)

2 comentários:

  1. escrava isalra essa eu lembro e muito bem. boa lembrança. abraços e bom final de semana lamarque

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  2. Cynthia,
    Antes tarde do que nunca. Peço desculpas por ter deixado apssar algo tão significativo. Quando a Escrava Isaura foi exibida pela primeira vez, eu estava com 24 anos, me sentia dona do mundo, tudo era futuro e realizações. Pois bem, entrar naquele mundo, mergulhar realmente foi algo que valeu por todas as aulas de História que tive ao longo do primário e ginásio. Isaura, linda na pele de Lucélia Santos corporificou muitas heroinas que existem dentro de nós. Eduwin Luigi o mocinho, "o príncipe num cavalo branco", símbolo de um amor poético, misto de cavalheiro e heroi, mexeu com o emocinal de todos nós. O vilão, na impagável interpretação de Rubuns de Falco, fez tremer toda a a nação noveleira. Pena que hoje o investimento, na maioria das vezes, seja no lado amoral, no descumprimento de regras sociais, na máxima: quanto pior melhor.
    Saudades de Isaura, saudades de uma visão social mais comprometidas com valores reais
    Lourdinha

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