quarta-feira, 23 de março de 2011

Ivete, o SANGALO é meu!

Não me surpreendo nem um pouco com as últimas notícias da mídia de que a cantora Ivete Sangalo demitiu seu próprio irmão que comandava sua empresa Caco de Telha e ainda tá na mira da Receita Federal. A situação é grave e até a suspeita de investimentos mal feitos foi levantada. Ano passado demitiu um músico antigo de sua banda e não pagou a ele o que devia, e ele ainda foi xingado e ameaçado por este mesmo irmão, que ironicamente se chama Jesus.
Tudo isso me remete a um ocorrido de tempos atrás (e que ainda rola) por causa desta artista, muito talentosa, mas péssima empresária.

Em 1998, batizei meu pequeno negócio, um restaurante a quilo, com o nome de "Sangalo". Nesta época a cantora Ivete Sangalo era uma simples vocalista da Banda Eva, com pouca expressão na mídia. O nome Sangalo soou muito sugestivo pra mim, pois veio da junção de diversos itens da cultura portuguesa (SANtiago de Compostela, GALO de Barcelos), lendas e símbolos de Portugal, país de minhas origens.
Embora nada tenha a ver com o sobrenome da cantora, não foi bem isso que ela achou. Ao nos "encontrarmos" nos registros do INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), logo ela tratou de se opor à minha marca. Recebi várias cartas malcriadas e ameaçadoras me acusando do crime de "concorrência desleal" e ainda num ato muito deselegante, pôs em dúvida a qualidade da minha empresa. Não entendo como um modesto restaurante poderia concorrer com uma empresa de eventos de uma artista de tão grande notoriedade. A mídia nacional noticiou este fato na época.
Por um momento me senti muito mal e num ato precipitado e sem experiência no assunto, mudei o nome de uma das unidades para "Portogallo". Essa atitude foi totalmente desnecessária, pois o processo de registro caminhava normalmente no INPI e não estava finalizado. Mantive o nome da 2ª unidade e aguardei o resultado do despacho, que demorou nada mais, nada menos que 11 anos.
Para minha surpresa, o órgão acatou meu pedido de registro, me dando o direito de usar a marca por 10 anos. Marca registrada, não demorou muito pra ela me perturbar novamente, pedindo a sua anulação. Um absurdo! Contestei o pedido e ainda aguardo o resultado, torcendo para que o INPI não volte atrás de sua decisão.

IVETE, por enquanto, o SANGALO é meu!!!!

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