Acho que não precisa dizer que é a novela das 18 horas da Globo. Hem, hem... Uma novela muito bonitinha... Olha que fazia tempo que uma novela dessa emissora não merecia meu elogio. As autoras Thelma Guedes e Duca Rachid apostaram no diferente e fizeram uma mistura que eu diria, perfeita para uma ficção: sertão nordestino e realeza européia. E é a ficção no mais puro sentido da palavra. É claro que o elenco ajuda muito numa trama, e esta conta com nomes consagrados da TV brasileira. Agora um pouco da minha veia crítica: A novidade é o ator de teatro Domingos Montagner, na sua estréia na televisão. No papel do capitão Herculano, chefe do bando dos cangaceiros, ele arrasa na sua performance. A princesa Aurora, digo, a caipira Açucena, é vivida pela atriz Bianca Bin. Um pouco exagerada nos trejeitos, se sacode toda quando defende seu amor por Jesuíno, seu noivo, interpretado por Cauã Reymond. Este, parece que nunca saiu do Nordeste, tão perfeito está o seu sotaque. O Rei Augusto de Seráfia (Carmo Dalla Vecchia), sem nenhuma postura de rei, parece uma múmia, sem expressão nenhuma. E o vilão Timóteo?? Ah gente, cá entre nós, não dá pra olhar pro Bruno Gagliasso e achar que ele é mau, mas ele se esforça. Destaco ainda a atuação do prefeito de Brogodó Patácio Peixoto (Marcos Caruso) com quem estou dando boas gargalhadas. No mais é diversão certa no comecinho da noite.
Sou realmente uma criança quando se trata de mundo encantado. É muito bom de vez em quando entrar no faz-de-conta, fugir um pouco da realidade, que está muito feia.
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